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CLIMA FERVENTE
As conseqüências do aquecimento global aparecem no Ártico como em nenhum outro lugar no mundo. A diminuição da camada de gelo que cobre o oceano é visível, com conseqüências sobre a fauna da região e sobre nosso futuro. Foi isso que vi em minha viagem ao Pólo Norte.
Um relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas divulgado em 2007 pintou um quadro sombrio para o futuro da humanidade, com fome e falta d´água. E a mídia fez a festa do apocalipse, com capas e mais capas, reportagens e mais reportagens. Mas a discussão sobre o aquecimento global deixou de ser, há muito tempo, uma discussão científica. Virou puramente ideológica.
Nos anos 1970, o grande problema era o esfriamento global e a perspectiva de uma nova era glacial. Um relatório da Academia Nacional de Ciência levou a revista Science a concluir em 1975 que uma longa “era glacial é uma possibilidade real”. De acordo com a edição de abril de 1975 da revista Newsweek, “o clima da terra parece estar se resfriando”. E toma capa, reportagens e mais reportagens. Na edição de fevereiro de 1973 da Science Digest saiu escrito que “quando o congelamento começar, será muito tarde”.
Não sei não... Lembram-se de quando apareceu o vírus Ebola na África? Meu filho tinha uns dez anos e veio me perguntar apavorado sobre a epidemia que prometia arrasar a humanidade. Quase duas décadas depois, cadê o Ebola? E o Bug do Milênio? Agora é a vez da Gripe Aviária. Do fim do mundo pela alta de preços dos alimentos. E no Brasil, é vez da Febre Amarela e a Dengue. Pois é... De catástrofe em catástrofe a indústria do pânico vai faturando com nossos sustos
Aqui preciso de uma pausa antes que os ecoxiitas queimem meu computador. Não questiono as ameaças que o homem representa ao meio ambiente. Esse problema é de estupidez. Somos estúpidos, por isso maltratamos o meio ambiente. O supereducado executivo da multinacional que joga toneladas de lixo na baía da Guanabara é estúpido. O pobre miserável que joga o sofá velho no rio Pinheiros é estúpido. E estupidez não se resolve apenas com dinheiro e educação. É preciso que leis sejam cumpridas.
Mas o que de fato me incomoda é a forma como a mídia trata esses temas.
A mídia vive do torto. O direito não dá manchete. A mídia disputa um artigo cada vez mais raro: nossa atenção. Sem nossa atenção, ela não tem nada para alugar aos seus anunciantes. Mas nossa atenção está ficando escassa. Tem gente demais brigando por ela. A família. A propaganda. A internet. A escola. A leitura... Portanto a mídia precisa cada vez mais do torto. E quanto mais torto, melhor.
Esse tratamento de tintas fortes agrada sobretudo aos que têm interesses ideológicos e mercantilistas. Como explicar o bombardeio de críticas ambientais contra os Estados Unidos enquanto ninguém fala da China, de longe o maior poluidor do planeta? E a Índia? É fácil perceber que o aquecimento global transformou-se numa arma contra o “capitalismo selvagem”.
O aspecto positivo dessa discussão é que ela educa as pessoas a tratar melhor o planeta, repensar suas práticas, condenar os predadores da natureza. A fazer pressões que ajudarão a evitar que o mundo acabe em churrasco. Mas... A que preço, hein?
A sanha da mídia nos deixa preocupadíssimos com a ameaça do fogo do sol, enquanto morremos pela fumaça desse seu pequeno e desimportante cigarrinho...
O futuro da humanidade não está no aquecimento global.
Está em suas mãos.
Luciano Pires
WWW.lucianopires.com.br
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No podcast da semana vamos falar de amizades outra vez. Alguém já disse que: “Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...“ . Na trilha sonora temos Raimundo Fagner, Emilio Santiago com João Nogueira, Moreira da Silva, Marcio Greik, Teca e Ricardo – e sabe quem? Vanusa! WWW.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast .
CLIMA FERVENTE
As conseqüências do aquecimento global aparecem no Ártico como em nenhum outro lugar no mundo. A diminuição da camada de gelo que cobre o oceano é visível, com conseqüências sobre a fauna da região e sobre nosso futuro. Foi isso que vi em minha viagem ao Pólo Norte.
Um relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas divulgado em 2007 pintou um quadro sombrio para o futuro da humanidade, com fome e falta d´água. E a mídia fez a festa do apocalipse, com capas e mais capas, reportagens e mais reportagens. Mas a discussão sobre o aquecimento global deixou de ser, há muito tempo, uma discussão científica. Virou puramente ideológica.
Nos anos 1970, o grande problema era o esfriamento global e a perspectiva de uma nova era glacial. Um relatório da Academia Nacional de Ciência levou a revista Science a concluir em 1975 que uma longa “era glacial é uma possibilidade real”. De acordo com a edição de abril de 1975 da revista Newsweek, “o clima da terra parece estar se resfriando”. E toma capa, reportagens e mais reportagens. Na edição de fevereiro de 1973 da Science Digest saiu escrito que “quando o congelamento começar, será muito tarde”.
Não sei não... Lembram-se de quando apareceu o vírus Ebola na África? Meu filho tinha uns dez anos e veio me perguntar apavorado sobre a epidemia que prometia arrasar a humanidade. Quase duas décadas depois, cadê o Ebola? E o Bug do Milênio? Agora é a vez da Gripe Aviária. Do fim do mundo pela alta de preços dos alimentos. E no Brasil, é vez da Febre Amarela e a Dengue. Pois é... De catástrofe em catástrofe a indústria do pânico vai faturando com nossos sustos
Aqui preciso de uma pausa antes que os ecoxiitas queimem meu computador. Não questiono as ameaças que o homem representa ao meio ambiente. Esse problema é de estupidez. Somos estúpidos, por isso maltratamos o meio ambiente. O supereducado executivo da multinacional que joga toneladas de lixo na baía da Guanabara é estúpido. O pobre miserável que joga o sofá velho no rio Pinheiros é estúpido. E estupidez não se resolve apenas com dinheiro e educação. É preciso que leis sejam cumpridas.
Mas o que de fato me incomoda é a forma como a mídia trata esses temas.
A mídia vive do torto. O direito não dá manchete. A mídia disputa um artigo cada vez mais raro: nossa atenção. Sem nossa atenção, ela não tem nada para alugar aos seus anunciantes. Mas nossa atenção está ficando escassa. Tem gente demais brigando por ela. A família. A propaganda. A internet. A escola. A leitura... Portanto a mídia precisa cada vez mais do torto. E quanto mais torto, melhor.
Esse tratamento de tintas fortes agrada sobretudo aos que têm interesses ideológicos e mercantilistas. Como explicar o bombardeio de críticas ambientais contra os Estados Unidos enquanto ninguém fala da China, de longe o maior poluidor do planeta? E a Índia? É fácil perceber que o aquecimento global transformou-se numa arma contra o “capitalismo selvagem”.
O aspecto positivo dessa discussão é que ela educa as pessoas a tratar melhor o planeta, repensar suas práticas, condenar os predadores da natureza. A fazer pressões que ajudarão a evitar que o mundo acabe em churrasco. Mas... A que preço, hein?
A sanha da mídia nos deixa preocupadíssimos com a ameaça do fogo do sol, enquanto morremos pela fumaça desse seu pequeno e desimportante cigarrinho...
O futuro da humanidade não está no aquecimento global.
Está em suas mãos.
Luciano Pires
WWW.lucianopires.com.br
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No podcast da semana vamos falar de amizades outra vez. Alguém já disse que: “Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...“ . Na trilha sonora temos Raimundo Fagner, Emilio Santiago com João Nogueira, Moreira da Silva, Marcio Greik, Teca e Ricardo – e sabe quem? Vanusa! WWW.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast .
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