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PORLAMAR, Venezuela (Reuters) - Os líderes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Líbia, Muammar Kadafi, propuseram uma nova definição global para o conceito de terrorismo.
Reunidos no dia seguinte ao final da cúpula de líderes da África e da América Latina, na Venezuela, os dois políticos assinaram na segunda-feira uma declaração sugerindo a realização de uma conferência global para redefinir terrorismo.
Eles não se manifestaram publicamente sobre o documento, que rejeita "tentativas de vincular a luta legítima do povo pela liberdade e autodeterminação" ao terrorismo, segundo um site do governo local.
Chávez é acusado por EUA e Colômbia de apoiar rebeldes marxistas da guerrilha Farc, que é considerada uma organização terrorista por Washington e Bogotá. Ele nega a acusação.
Kadafi, que governa a Líbia há 40 anos professando um "socialismo islâmico", também já foi acusado de abrigar terroristas. Mas desde 2003 ele abandonou seus programas de armas de destruição em massa e busca melhorar suas relações com os EUA.
Chávez tem repetidamente homenageado Kadafi durante a primeira visita do líder líbio à América Latina. Na segunda-feira, os dois reuniram centenas de admiradores na ilha Margarita, onde Chávez deu a Kadafi uma réplica da espada do libertador Simón Bolívar.
"Estamos escrevendo novas páginas da história. Estamos aqui para mudar a história e criar um novo socialismo, um novo mundo", disse Chávez.
Na segunda-feira, Kadafi foi visto fazendo compras na ilha Margarita, usando uma camisa com motivos africanos e ocasionalmente parando para conversar com populares.
(Reportagem de Jorge Silva em Porlamar e Enrique Andres Pretel em Caracas)
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