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O que vimos na última semana na mídia, com a população exaltada, foi justiça ou caça `as bruxas?
Sobre o autor: Jorge Lima
RIO - O "CQC" iniciou sua terceira temporada na TV Bandeirantes já em meio a uma polêmica: o quadro "Proteste já" foi proibido de ir ao ar na segunda-feira por conta de uma liminar obtida pela prefeitura de Barueri, investigada pela reportagem de Danilo Gentili. A razão da ação judicial foi uma TV, doada pelo programa a uma escola do município paulista em 2009 com um aparelho de GPS instalado dentro dela. Rastreado o aparelho, a reportagem do "CQC" descobriu que o televisor havia ido parar na residência da diretora da escola. Com 25 minutos de duração, a reportagem de Gentili estava pronta para ser veiculada, quando a juíza Nilza Bueno da Silva concedeu a liminar proibindo sua exibição. "O CQC está sob censura prévia", disse o apresentador Marcelo Tas, durante o programa que foi ao ar na noite de segunda-feira.
Na tarde desta terça-feira, a assessoria de imprensa da TV Bandeirantes informou que irá recorrer para derrubar o veto ao quadro. Ao acolher a ação da prefeitura, a juíza alegou que o programa não lhe concedeu direito de resposta. Durante o programa, Marcelo Tas só pôde informar que se tratava de uma denúncia de mau uso de recursos na secretaria de educação. "O direito de resposta foi assegurado e está na matéria", garantiu ele. Tas lembrou o significado da sigla "CQC" para mandar um recado à prefeitura de Barueri: "Nós vamos mostrar essa matéria aqui 'custe o que custar'", disse.
A censura prévia despertou reações indignadas na internet, com mensagens de apoio dos internautas ao programa. Até mesmo Boninho, diretor do "BBB 10", da concorrente Rede Globo, solidarizou-se. "Vergonha Dra. Nilza Bueno que impediu a exibição do quadro no CQC, censura não, isso já passou! @marcelotas quero ver essa matéria no ar", escreveu em seu Twitter.