Fundo musical: "Apesar de você", de Chico Buarque de Holanda. Hoje lhe escrevo para lhe agradescer. Sim, quero agradecer a meu inimigo. Agradeço por você ter me auxiliado a crescer; por me mostrar a cada perseguição e a cada puxão de tapete o valor da fé e da oração. Aprendi a rezar por você, a pedir por seus defeitos e a solicitar da Divindade maior compreensão e tolerância. Você me ensinou a rezar por mim e por você e me aproximou mais de Deus.
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar, nos momentos de descrença, o valor das amizades genuínas. Por deixar claro o real sentido da lealdade; por você aprendi o valor de um abraço, do carinho daqueles que nos amam e cuidam. Foi no tropeço advindo de seu pé esticado, quando caí no chão, que
redescobri os verdadeiros amigos. Você, meu inimigo, mostrou-me o quanto nos aprisionamos na raiva por quem
invejamos e dizemos abertamente odiar. Desvelou, as claras, que por trás de toda inveja existe a vontade em querer ser igual ou melhor, e a incompetência em sê-lo.
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar a ter ética, a medir minhas palavras, gestos e ações de raiva e a não me nivelar por baixo; obrigado por me estimular a manter minha dignidade e vida ilibada mesmo com sua fofoca, intriga, maledicência, inveja, sempre nas sombras, nos bastidores.
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar o respeito ao próximo. Aprendi a não julgar antes de conceder o sagrado direito de defesa e que toda história tem dois - ou mais - lados. Você me fez entender o que é ter berço e honra;
me fez perceber o valor da educação propiciada com sacrifício por meus pais, mostrando que baixarias públicas ressoam como um tiro no próprio pé. Você ressaltou a importância do cultivo da classe e do estilo.
Meu inimigo, agradeço-lhe por aclarar todos os pontos falhos que tenho, cada defeito, cada erro, cada tropeço dos muitos que cometi, dos pequenos aos patéticos. Cada risada sarcástica que você dava me empurrava para o trabalho
incessante em cada ponto que eu poderia melhorar. Você me ensinou o valor da humildade, mostrando-me que na vida acertos são erros do acaso e que, nas contas da vida, a exatidão não existe. De quantos erros é feito um acerto?
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar a olhar nos olhos, a encarar os problemas e as pessoas de frente, sem esquivas ou covardia, sem fofocas ao pé do ouvido, sem a falácia ou os ditos velados nos corredores da vida.
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar o valor da coragem. Contigo entendi o que é covardia, que a mão que afaga apedreja, que falsidade existe e que podemos superá-la; Que não precisamos pisar nos outros para contar
feitos heróicos ou mostrar sabedoria. Coragem nao se mede em atos de covardia, mas no duelo justo e altivo as rodas da competencia.
Por fim, meu inimigo, agradeço-lhe por ressaltar meus valores publicamente; pelas inúmeras horas gastas no seu dia a dia com minha pessoa. Sou muito feliz por perceber que incomodo muito um indivíduo como você...
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar, nos momentos de descrença, o valor das amizades genuínas. Por deixar claro o real sentido da lealdade; por você aprendi o valor de um abraço, do carinho daqueles que nos amam e cuidam. Foi no tropeço advindo de seu pé esticado, quando caí no chão, que
redescobri os verdadeiros amigos. Você, meu inimigo, mostrou-me o quanto nos aprisionamos na raiva por quem
invejamos e dizemos abertamente odiar. Desvelou, as claras, que por trás de toda inveja existe a vontade em querer ser igual ou melhor, e a incompetência em sê-lo.
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar a ter ética, a medir minhas palavras, gestos e ações de raiva e a não me nivelar por baixo; obrigado por me estimular a manter minha dignidade e vida ilibada mesmo com sua fofoca, intriga, maledicência, inveja, sempre nas sombras, nos bastidores.
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar o respeito ao próximo. Aprendi a não julgar antes de conceder o sagrado direito de defesa e que toda história tem dois - ou mais - lados. Você me fez entender o que é ter berço e honra;
me fez perceber o valor da educação propiciada com sacrifício por meus pais, mostrando que baixarias públicas ressoam como um tiro no próprio pé. Você ressaltou a importância do cultivo da classe e do estilo.
Meu inimigo, agradeço-lhe por aclarar todos os pontos falhos que tenho, cada defeito, cada erro, cada tropeço dos muitos que cometi, dos pequenos aos patéticos. Cada risada sarcástica que você dava me empurrava para o trabalho
incessante em cada ponto que eu poderia melhorar. Você me ensinou o valor da humildade, mostrando-me que na vida acertos são erros do acaso e que, nas contas da vida, a exatidão não existe. De quantos erros é feito um acerto?
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar a olhar nos olhos, a encarar os problemas e as pessoas de frente, sem esquivas ou covardia, sem fofocas ao pé do ouvido, sem a falácia ou os ditos velados nos corredores da vida.
Agradeço-lhe, meu inimigo, por me ensinar o valor da coragem. Contigo entendi o que é covardia, que a mão que afaga apedreja, que falsidade existe e que podemos superá-la; Que não precisamos pisar nos outros para contar
feitos heróicos ou mostrar sabedoria. Coragem nao se mede em atos de covardia, mas no duelo justo e altivo as rodas da competencia.
Por fim, meu inimigo, agradeço-lhe por ressaltar meus valores publicamente; pelas inúmeras horas gastas no seu dia a dia com minha pessoa. Sou muito feliz por perceber que incomodo muito um indivíduo como você...
Sobre o autor: Jorge Lima
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